27 de fevereiro de 2013

praticar



















lidamos os dois com muitos momentos de frustração sua. o confronto com a perfeição, no seu conceito de perfeito, traz-lhe por vezes verdadeiros momentos de conflito. quer apagar desenhos, repeti-los, começar de novo muitas vezes. à frente de uma mãe com vários anos de desenho numa proibida utilização de borracha, desse objecto eliminador de caminhos, de tentativas e de erros (quem disse que os erros não são uma parte boa do processo de procura?) e franca utilizadora de undo's, claro está que o discurso tomou caminho para o aproveitamento do erro como enriquecedor do nosso trabalho. acabamos a falar do jogo que aproveita o erro ou o risco aleatório para daí construir desenhos com nexo. foi um jogo de infância que partilhei muitas vezes com uma prima, uma troca de rabiscos pelo desafio de transformarmos o abstracto em concreto. também falamos de persistência, de tentativa, de obstinação como aquela que constatou nas bailarinas do degas. às vezes, muitas vezes, as nossas conversas parece que não servem para nada. mas depois descobrimos folhas cheias, "estou a  treinar", com bicicletas ou cavalos.

Sem comentários:

eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982