20 de dezembro de 2012

pai natal


















querido pai natal eu sei que tu és um gordo piroso consumista e nada saudável, nem sei como conseguem as renas arrastar-te em cima do trenó por esses céus fora (olha que aqui o puto mais pequeno já diz nó de trenó). bem sei que passaste a beber só coca cola há mais de um século e isso não anda a fazer-te nada, mesmo nada, bem. eu até  acho que és o bode expiatório do comércio porque à conta do jesus também se trocam prendas. cada um é levado na corrente que quiser e ajusta à sua medida as tradições que mais lhe interessarem. eu sei que tu vens muitas vezes aqui espreitar, também sei que estamos em crise e tal, e que a verdade, verdadinha, não estou precisada de objectos, mas falando aqui para os meus botões e como me parece que não precisaremos de um chalet, só de guardar para não sei ainda bem o quê. olha para o que vier. hoje tomei banho em silêncio e achei que precisava de creme para passar no corpinho e talvez uma base para camuflar uns encurrilhados aqui e ali, sei que até hei-de poupar a latinha de creme porque tenho passado muita hora só com putos a olhar para mim. também me lembrei, em sequência, onde estava com a cabeça para levar um vestidinho assim arranjadinho se a maior parte das vezes se não estou de meias tenho terra nas sapatilhas. trouxe-o de volta. hoje vamos fazer um natal, o natal  é quando o homem quiser certo? vamos ter uns cracker's `a nossa moda que nos hao-de divertir, vamos acender a lareira e cozinhar em conv´ivio. nós as duas, muitos homens. isso chega-me.

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eu vista por mim

eu vista por mim
novembro1982